terça-feira, 3 de julho de 2007

Onde está o CSI quando precisamos dele?

Pois é inestimáveis criaturas leitoras, lá venho eu falar de mais uma série de culto que deveria ser aplicada à minha miserável vida. Desta vez precisava dos serviços da equipa do CSI, para quem não sabe, o CSI é uma equipa de melros que pegam numa zaragatoa (cotonete grande) e numa lupa e descobrem o 3º segredo de fátima a partir duma pégada.

Hoje fui vítima de um rapto, não propriamente a minha pessoa, mas uma parte importante de mim(não é essa parte, tenham juízo...), a minha carteira, que continha todas as provas da minha existência como cidadão deste mal-assombrado país, desde o BI ao múltibanco da velha, desde a (preciosa)carta de condução aos documentos do cavalo e, mais importante que tudo o resto, o meu kama-sutra de bolso. É verdade, deixei a p**a da carteira em cima do recibo do pagamento da inscrição pos exames de 2ª fase, que por sua vez se encontrava em cima da mesa do bar ICA(no ISEL), mesa essa que está situada mesmo em frente à caixa(estranho?talvez não...)...voltei pouco depois ao local do desparecimento, perguntando à sra. de serviço(ao bar, se faz serviço público não sei) se alguém entregara uma carteira, ao que esta respondeu negativamente.

Corri o ISEL de ponta-a-ponta(portaria e associação de estudantes portanto)e nem sinal da carteira desaparecida. Frustradas as buscas, fechei os olhos com força e tentei pintar o lindo quadro de um soalheiro dia de verão passado na calmaria...da Loja do Cidadão a processar novos documentos, quando me deixei de mariquices e fui pró ensaio aprender a tocar cenas fixes(ou daí talvez não).

Coisa de duas horas passadas, voltei à portaria em busca do milagre do aparecimento, e o sr.segurança informou-me de que a carteira tinha aparecido, entregue pelo sr.do bar. Voltei então ao bar, para ver se o recibo também tinha aparecido, e não é que tinha?Mistéééério! A sra. que antes dissera não ter visto nada, disse que a carteira tinha sido entregue à sua colega cerca de hora e meia depois de eu lá ter passado, e que esta a guardou na prateleira por baixo da caixa registadora, para depois vir a ser encontrada pelo sr.do bar. A história tinha tido um final(totalmente) feliz não fossem os 20€ a menos que a carteira ostentava, certamente retirados pela iluminada alma que a achou, a menos que tenha encontrado a carteira(junta com o recibo dobrado)caído em qualquer canto...

Esta história não podia ficar por aqui, pelo que decidi investigar por conta própria, e o que vou contar é algo que não recomendo ser lido pelos mais sensíveis. Este foi o terrivelmente verdadeiro, nú e crú, desenrolar dos acontecimentos. Choquem-se!



Uma bixona caminhava distraída ao entrar no ICA, deliciada com a quantidade de homens(alguns só aparentemente) que se avistava(estando nós a falar do ISEL), sem reparar que tinha os atacadores das sabrinas desapertados... Pela lei da relação causa/efeito ao pisá-los desencadeia-se uma reacção de queda contra a mesa, que proporcionou o cair da carteira(e do recibo) na mala amarelo-canário que o jovem trazia aberta a tiracolo. A coisa passou-se e já o jovem veado ía pra casa coxeando, quando avista na montra de uma modesta sex-shop de esquina, o maior e mais grosso dildo que alguma vez vira. Com um olhar guloso entra no estabelecimento, e abre a carteira que, devido à ansiedade, não percebeu não se tratar da sua, puxa dos 20€ e paga o dildo, que como promoção oferecia um lubrificante analgésico que ele de imediato pediu que fosse trocado por um fio-dental de rendilhados cor-de-rosa, com a ideia de fazer uma surpresa a Xiquinho Negão (seu companheiro) nessa mesma noite. A bixona ía pra casa louca de excitação, quando se lembra que nessa manhã tinha gasto todo o seu dinheiro num florido vestido de verão de azul turquesa e lantejoulas! - onde tinha então arranjado dinheiro pra aquela louvada compra??? - Envergonhada, rapidamente percebeu o que tinha acontecido...no entanto o mal estava feito, e as suas nalgas mereciam aquele mimo, pelo que num ápice foi entregar a carteira e correu pra casa (batendo com os calcanhares no pescoço) a fim de saborear o artefacto que as vicissitudes da vida haviam colocado no caminho do seu anûs neste dia.

Como dizia o outro...elementar meu caro Watson.




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