Podem parar de amolar as navalhas e ajuntar calhaus pra me apedrejarem que eu já estou de volta (finalmente) com mais um post da melhor parvoíce de consumo caseiro. Não me censurem, pois vocês sabem que a minha vida não é nada fácil, qualquer um no meu lugar, passando todos os dias na Vasco da Gama, não é a rua, nem a praça, nem a avenida, nem a escola, nem a torre, nem o aquário, nem a fragata, nem o raio - que - parta - os - desgraçados - dos - ursos - que - têm - a - puta - da - mania - de - chamar - vasco - da - gama - a - tudo, é mesmo a ponte sobre o tejo, já teria concerteza guinado a viatura pra além-mar, no entanto como eterno inconformado que sou com a vida(há também quem me chame teimoso), cá vou sobrevivendo entre perigos e guerras esforçados...mais do que prometia a força humana, assim como fez aquela personagem dos Lusíadas, um tal de Vasco da Gama.
A razão de tão prolongada ausência não foi falta de inspiração, ou falta de tempo, foi mesmo falta de inspiraçao e falta de tempo...embora neste tempo quando foi bom nunca foi pra mim como sempre. Vejam bem que a minha falta de tempo é de tal forma grande que ainda nem um episódio da nova série dos Morangos com Açucar consegui ver...Não me faz mal nenhum é verdade, mas qualquer dia vejo algum jovem vestido como um anormal e não vou saber que quem está fora de moda sou eu, já que são os jovens, de escasso peso e talento pra representar, dos Morangos que vão ditanto a moda jovem neste país, ou então não. Enfim, este facto levou-me a uma pequena dissertação sobre o porquê das pessoas imitarem certos comportamentos e aparência das celebridades, desde a maneira de falar ao penteado, ao vestuário, etc...e eis que me deparo com uma notícia sobre a imaculada Britney Spears que ao que parece, pela 4ª ou 5ª vez consecutiva foi fotografada numa saída à noite com a sua nova amiga Paris Hilton(uma moça de boas famílias, endinheirada, que ao que parece até dá catequese, muito boa menina...) envergando vestidos deliciosamente curtos sem roupa interior...e puff! Fez-se o chocapic! Ora aí está finalmente algo que as fãs deviam começar a imitar, portanto aqui fica o apelo, meninas que sonham ser como a Britney, o primeiro passo é escolher o vosso melhor vestido de domingo(actualmente, de sábado à noite)e deixar a cuequinha em casa. O que mais me impressionou nesta notícia foi que os fãs querem boicotar o lançamento do último album da pop star não comprando o disco, por forma a demonstrar o seu descontentamento com o recentemente comportamento da cantora...a esses fãs quero deixar apenas duas palavrinhas - cambada de paneleiros!
Esta longa ausência literária deveu-se também à minha vida de estudantino, pois no espaço de um mês ocorreram dois festivais, o VII Festa - Festival Internacional de Tunas do Atlântico, na ilha da Madeira, e o V Terras de Cante, na sempre acolhedora cidade de Beja.
Lá está, quando é bom nunca é pra mim, e no fim-de-semana em que fui à Madeira eles tinham que avariar o termoestato, e fazia um calor abrasador, um autêntico inferno à superfície...não parei de pingar desde que lá pus os cotos. Diziam os gajos que era da humidade, ora um gajo quando tá húmido não tá mais fresco? E já que aquela balhana tem água por tudo quanto é canto, podiam ir pulverizando o pessoal...ó Alberto João, fica aqui a ideia pra pensares um bocadinho, mas poucaxinho, vê lá...
Isto o tempo voa enquanto nos divertimos e a coisa passou-se, em duas piscadelas de pestanas tava à porta o festival de Beja. Ora, dado os meus afazeres de estudante aplicado, apenas podia ir pra capital dos EUA(Estados Unidos do Alentejo) a partir das 17h, pelo que me juntei com mais 4 companheiros estudantinos para, após o exame de um deles(cerca das 22h) zarparmos num bote direito a Beja. Contornadas algumas peripécias que sucederam antes da partida lá fomos, sempre com a habitual paragem numa estação de serviço para abastecer(de moscatel do bom), e eis que surge na mesma estação um autocarro carregado de marmanjos trajados, nada mais nada menos que a mui nobre Tuna Universitária de Aveiro, que também se deslocava para o certame alentejano. Pessoal do mais simpático que há(desconfio que devido às 13 grades de mines que tinham despejado no caminho...) que desde logo nos convidou a juntarmo-nos a eles no que restava da viagem, assim como num pequeno comício e beberício de leitão e vinho tinto, à chegada ao nosso comum destino. Assim fizemos, colámos na traseira do autocarro, demorámos o dobro do tempo na viagem mas chegámos sãos e salvos. Claro que leitão e vinho, implicava ser bom e ser pra mim, portanto nada feito, depois de cumprimentarmos os colegas estudantinos e enchermos as flexões da prache, quando fui à procura do leitão, já nem os ossinhos encontrei. Enfim, caloiro sofre...
Terminada mais uma jornada tunante e de volta à rotina, venho a caminho de casa no meu mal-assombrado cavalo branco ao cabo de mais um extenuante dia de aulas, quando após passagem por baixo da carrinha que seguia à minha frente um OVMNI(Objecto Voador Metálico Não Identificado) vem embater no meu carro, e me fecunda(fode) o farol direito...já tinha referido que Quando é bom nunca é pra mim? Mas é mesmo verdade, porquê? Porque, para me distrair das amarguras da vida, no dia de finados(como alguem ternamente disse, é aquele dia pra ir ver a mitra que já morreu)agarrei na minha fã nº1 e fui passear até à barragem de Magos. Não sei se vocês conhecem, mas a puta da barragem deve ter alguns, vá lá pra não exagerar, 5Km de extensão, ora após eu estender a mantinha, montar o estaminé, e sacar da marmita do pastel de bacalhau...com mais 4995 metros de barragem, onde é que o desgraçado do pescador se foi por à pesca? Exactamente, nos 5 metros ao meu lado(e nem uma bota pescou)...Enfim, eu cá vou acreditanto que, se Deus me deu esta cruz pra carregar é porque realmente...Quando é bom nunca é pra mim.