segunda-feira, 23 de julho de 2007

Promessa cumprida!

Sinto-me um privilegiado! Não é isso, quando é bom continua a nunca ser pra mim, sinto-me privilegiado apenas por poder cumprir a meta de 4 posts por mim proposta pra este mês, pois Julho caminha já a passos largos para o final, e devido à azáfama que têm sido estes últimos dias de exames e trabalhos, a parvoíce em que é rico o meu espírito tardava a manifestar-se. Eis que, como por magia, a parvoíce veio de novo até mim. Desta vez não foi a tv, mas a música, trazida pela voz desse enorme ícone, desse autêntico titã da música nacional...falo do grande, do formidável, do fenomenal, do brilhante, do magnífico, do soberbo, do genial, do colossal, do mítico...o lendário...José Cid!

Não raras vezes assistindo ao meu programa televisivo de eleição(pré-gato fedorento) ouvi diversas piadolas achincalhando o José Cid, recordo-me por exemplo de certas passagens do Bruno Nogueira que no seu estilo característico dizia qualquer coisa do tipo "parece que o José Cid lançou um novo álbum...o que explica porque é que a taxa de suicídio esta semana disparou que foi um disparate!"- (Risos) - "Estou a falar a sério, agora que tínhamos começado a largar as drogas e os psicólogos, vem o José Cid e pimba! Outro álbum! Quer dizer...não se faz...", e pensava pra com os meus botões, "Que exagero, tomara os 4 Taste cantarem metade do que o Zé Cid canta(amordaçado e sem dentes), o homem ganhou mais vezes o festival da canção(só com um olho) do que o Armstrong(só com um tomate) a volta a França..." o Bruno tinha é de escolher um pra fazer a piada e calhou a ser este, mas não, vim a descobrir que tudo isto tinha uma razão de ser...

A música que me chegou aos ouvidos dá pelo nome de, bom pra dizer a verdade não sei qual é o nome ao certo, mas o nome do mp3 que tenho é "Pouco a pouco - favas com chouriço". O nome só por si já é sugestivo, mas deixo-vos a letra pra formularem a vossa própria opinião...

Vá lá, são sete e meia, amor, e tens que ir trabalhar.
Acordas-me com um beijo e um sorriso no olhar.

E levantas-me da cama, depois tiras-me o pijama,
Faço a barba e dá na rádio o Zé Cid a cantar.

Apanho um autocarro, vou a pensar em ti

que levas os miúdos ao jardim infantil.
Chego à repartição, dou um beijo no escrivão
E nem toco a secretária que é tão boa.

(refrão)
A pouco e pouco se constrói um grande amor,

De coisas tão pequenas e banais,
Basta um sorriso, um simples olhar
Um modo de amar a dois.
Um modo de amar a dois.

E às 5 e meia em ponto, telefonas-me a dizer.
Não sei viver sem ti amor, não sei o que fazer.
Faz-me favas com chouriço, o meu prato favorito.
Quando chego p’ra jantar, quase nem acredito.
Vestiste-te de branco, uma flor nos cabelos
Os miúdos na cama e acendeste a fogueira.
Vou ficar a vida inteira a viver dessa maneira,

Eu e tu, e tu e eu, e tu e eu e tu.

Meus amigos, isto é parvoíce da mais pura e cristalina! "Zé pah! Tás cá dentro!" (e vocês panascas leitores abstenham-se de comentários paneleiros envolvendo trocadilhos com esta frase) Bom, sendo eu um fã de Jaimão, e produtor de parvoíce em quantidades industriais, a minha legitimidade para editar este post seria pouca ou nenhuma, no entanto trata-se de artistas diferentes e seguidamente poderão então ver a razão desta mensagem, pois enquanto o Jaimão assume que o trabalho dele não é comparável com certos e determinados artistas, já o nosso Zé...bem, deixo-vos algumas das suas melhores citações:
  • "Se Elton John tivesse nascido na Chamusca, não teria tido tanto êxito como eu." in Pública, 2003
  • "Tentaram e conseguiram pôr-me na prateleira. Mas a verdade é que os outros artistas estão na prateleira e eu estou cá." in Pública, 2003
  • "A nova geração tem de descobrir qual é o seu dinossauro. Todos os países têm o seu dinossauro. Os franceses têm o Johnny Halliday, os espanhóis o Miguel Rios. Ambos são uma porcaria ao pé de mim. Sou infinitamente melhor do que eles e tenho uma melhor estética." in Pública, 2003
  • "Usem e abusem de mim. Estou cá, canto e bem ao vivo. Façam de mim o que quiserem. Estou com uma grande voz." in Pública, 2003
  • "Adoro o «Cantor da TV», a canção menos comercial daquele álbum [Nasci prà música]. Dificilmente conseguiria escrever [outro] tema daquela maneira. É muito bem esgalhado e muito bem tocado." in Pública, 2003
  • "Essa canção [Como o macaco gosta de banana] foi um escândalo. As pessoas julgaram que era uma canção ordinária. (...) Divirto-me à brava quando a oiço, porque é uma canção que não se pode levar a sério. Tem um sentido de humor de abandalhar o sistema." in Pública, 2003
  • "Olá malta! Tudo bem? Tá-se?" in anúncio Lipton, 2004
  • "Dá-me favas com chouriço." in Cabaré da Coxa, 2004
  • "Se o Rui Veloso é o pai do rock português, eu sou a mãe." in Queima das Fitas do Porto, 2004
  • "O último álbum da Madonna é um cagalhão", em entrevista à Rádio Comercial, 2006
  • "Gostava que não reparassem só no mau (...). De qualquer forma, o meu pior é muito melhor do que o melhor do Tony Carreira.", em entrevista ao jornal Metro, 2006
  • "Adoro favas com chouriço. Quem não gosta?", em entrevista ao jornal Metro, 2006
  • "Quando chego para jantar, estás agarrada ao pito.", claramente ironizando com a sua própria música "Pouco a pouco", onde canta "Quando chego para jantar, quase nem acredito". in Aveiro - Festa de São Gonçalinho, 2007
  • "Uma vez perguntaram-me se eu era um cantor romântico... eu raramente sou um cantor romântico, os cantores românticos tem mau hálito e pila pequena.", in Aveiro - Festa de São Gonçalinho, 2007
  • "Elas comem as favas, nos comemos o chouriço" - na Semana Académica da Universidade do Algarve, 07/05/2007
  • "Não me mandem cuecas para o palco, eu não sou o Tony Carreira" - na Semana Académica da Universidade do Algarve, 07/05/2007
P.S.Queria só deixar um pequeno pedido de desculpas: - "Desculpa lá ó Bruno, se não fiz uma reprodução fiel do teu texto, mas tu sabes que o meu ramo é mais reprodução infiel, salvo seja..." - Qual é a admiração? O Bruno é um fiel leitor deste blog, ou onde é que vocês achavam que ele vai buscar aqueles textos parvos? Aqui não é.

P.P.S. Vou de férias depois de amanhã, e como tal este blog vai-se encontrar inactivo por tempo indeterminado, pelo que podem aproveitar pra reler as parvoíces passadas(se forem ursos e não tiverem mesmo mais nada que fazer). Com certeza durante este curto período de retiro, muitas ocasiões haverão em que se "for bom não é pra mim", e regressarei de baterias recarregadas(de parvoíce claro). Por falar em férias, era pra comprar um daqueles cubos ás cores que se roda as faces e o camandro, pra me entreter na praia, e não é que pediam 15€ por aquela balhana? ? Perguntei se não tinham nada mais em conta e mostraram-me um com as faces brilhantes que custava 9€, mas era apaneleirado de mais pra 9€ pelo que não o trouxe, portanto se algum fã-leitor me quiser oferecer um que solicite a morada para envio do dito cujo, pelo e-mail: cdrusso_1@hotmail.com. Obrigado, e até mais ver!

segunda-feira, 16 de julho de 2007

Mais um dia daqueles...

Quando é bom nunca é pra mim...Domingo dia 15, dou inicio a mais um serão de estudo para o exame de Economia e Gestão de Projecto(decorei este nome, Gestão de Projecto)que se prolonga madrugada fora. Passa das 6h00(dia 16 portanto), não vale a pena ir-me deitar agora, já que o exame é as 10h e se não saio de casa 2h antes já sei que(quando é bom não é pra mim e) algum desgraçado se vai lembrar de ter um acidente e entupir a saída da A1 e eu vou pela 3ª vez consecutiva chegar tarde ao exame. Até aqui tudo fino, não fosse desta vez o desgraçado a bater com o carro ser eu mesmo..."Isso são coisas que acontecem a todos..." - diz o picolho leitor - realmente o que não falta por aí são carros a derrapar por estradas molhadas pela chuva da manhã...de JULHO!!! JULHO É VERÃO FODA-SE!!! Percorri estradas intermináveis Invernos inteiros assolados por enxurradas, ventos fortes e tempestades, para em JULHO subir o passeio com a roda de lado e mandar abaixo uma pequena estrutura metálica que impediu de me enfaixar eco-ponto a dentro. Os danos materiais não foram muitos, uma pequena fractura no pára-choques e uma roda ao peito, mas os psicológicos não serão fáceis de ultrapassar. Chegou a hora do exame, e deu-se a segunda derrapagem em poucas horas, desta vez o choque foi fatal. Puxem duma folhinha e tirem umas notas, que o momento que se segue é de pura cultura geral. Bom, um dos esquemas mais utilizados no processo de gestão de projecto é a rede Pert, como o nome indica Project Evaluation and Review Technique, ou eu estou a delirar ou é difícil haver algo que tenha mais haver com projecto do que Project Evaluation and Review Technique! Como tal, nos últimos anos, não querendo exagerar, para aí desde o 25 de Abril de 74, que sai no exame um filha-da-puta dum exercício em que se faz uma merda dessas e que vale 5 valores, compreensível... Conclusão, hoje que era eu a fazer exame os filhas-da-puta lembraram-se de não por nada disso. Sub-conclusão: vou chumbar com 5!(os outros 5 estavam nesse exercício) porque aqueles filhos-duma-ganda-puta decidiram inventar! Há coisas que me revoltam, andaram a gastar aviões contra as torres que não fizeram mal a ninguém, e não há um cabrão dum Talibã que se lembre de dispensar, não era preciso um avião muito grande, nem que fosse uma avionete da cura, com meia-dúzia de quilos de dinamite, contra o ISEL??? Ou se em vez de chover água, que pode provocar acidentes de viação, porque é que não chove picaretas em cima dos cornos de certos engenheiros? Bom, se calhar as picaretas eram capazes de aleijar, mas ao menos que chovessem caralhos, uns caralhos-que-os fodam, já agora...

terça-feira, 10 de julho de 2007

Saudoso mês de Março, estatisticamente falando

Andava eu na busca da mais requintada parvoíce, quando após folhear diversa matéria do ramo, me ocorreu algo que marca o apogeu da parvoíce na blogosfera(ou se calhar não marca, mas eu tenho um sonho...), falo como é óbvio, do meu blog. Realmente em que outro sítio poderia eu encontrar parvoíce que me tocasse mais do que a caseira maluqueira de fabrico próprio? Foi então com nostalgia e saudosismo que reli cada uma das 23 mensagens que vim postando desde aquele fatídico(eram 2h da manhã, tava cansadíssimo...)vigésimo-quinto dia de Fevereiro, em que o "Quando é bom nunca é pra mim" nasceu, com a emoção de um pai que vê o seu rebento dizer a primeira palavra, dar o primeiro passo, ou abocanhar a primeira jola. Quem nunca viveu tal momento, posso dizer-vos que é coisa para nos fazer vir as lágrimas aos olhos enchendo-nos de alegria...e de gás...abocanhar a jola, que eu ainda não sou pai(que tenha conhecimento), nem pretendo sê-lo tão cedo.

Pois é, já lá vão 5 meses, de altos e baixos de parvoíce, e recordo com especial carinho o produtivo mês de Março em que a tonteira se manifestou na sua máxima força! Lançado pelo mês de Fevereiro com uma fantástica média de 4 posts publicados em apenas 3 dias, este foi o período de maior ascensão do jovem blog com tonteira para dar e vender escarrapachada em 7 posts! Seguiu-se a quebra de Abril para apenas 3 devido ás vicissitudes da minha atribulada vida, para realizar uma fantástica recuperação logo no mês de Maio com 5 posts! Em Junho acabaram as aulas(começou portanto o semestre pra mim), e o estudo durante dias a fio, e noites passadas em branco(eu bem que aperto com a velha pra mudar a cor do quarto, mas ela diz que o branco é Paz...)deu-se nova quebra no volume de postagem para 3. Este mês a saga dos exames continua com a 2ª fase, mas espero não desiludir os ziliões de leitores que me acompanham nesta missão de levar a palavra da parvoíce áqueles que mais dela precisam, e publicar pelo menos 4 posts, nem que para isso tenha novamente de recorrer à caixa dos tesourinhos deprimentes*(o meu mail, portanto), cumprindo com o objectivo mínimo que tracei na planificação deste projecto, de publicar um post por semana.

Este post não foi realmente parvo, serviu mais como uma reflexão, se bem que uma reflexão sobre parvoíce não pode ser considerado mais do que parvoíce...enfim, prometo voltar dentro em breve com algo realmente parvo, digno dos maiores reis da parvoíce...para quem não conhece, os reis da parvoíce são uma espécie que pode ser avistada várias vezes no parlamento, imitando um grupo de 4 melros conhecido como Gato Fedorento. Agora que falei nisto não resisto a por um bocadinho de parvoíce no post, fica a nota final pra adoçar a boca...

* - "Essa dos tesourinhos deprimentes é ideia dos Gato Fedorento!" disse-me certo macho com o nickname Papoila_Saltitante (papoila saltitante?? será rabeta??). Isso é o que vocês pensam! Os Gato Fedorento??? Quem é que inventou o nome? Foram eles não? Quem é que vocês acham que passou a pente fino os arquivos da RTP à procura de vídeos daqueles?? - Eu acho que foi um reformado, que as pessoas de idade apreciam ver essas coisas.(Aceitam-se opiniões.) Por falar em papoilas saltitantes e Gato Fedorento, não é o hino do Benfica que fala nisso? Nah, um clube tão másculo cujos jogadores até jogam de cor-de-rosa pra baixar um bocadinho a sua imensa virilidade, não ía ter um hino com papoilas saltitantes...


terça-feira, 3 de julho de 2007

Onde está o CSI quando precisamos dele?

Pois é inestimáveis criaturas leitoras, lá venho eu falar de mais uma série de culto que deveria ser aplicada à minha miserável vida. Desta vez precisava dos serviços da equipa do CSI, para quem não sabe, o CSI é uma equipa de melros que pegam numa zaragatoa (cotonete grande) e numa lupa e descobrem o 3º segredo de fátima a partir duma pégada.

Hoje fui vítima de um rapto, não propriamente a minha pessoa, mas uma parte importante de mim(não é essa parte, tenham juízo...), a minha carteira, que continha todas as provas da minha existência como cidadão deste mal-assombrado país, desde o BI ao múltibanco da velha, desde a (preciosa)carta de condução aos documentos do cavalo e, mais importante que tudo o resto, o meu kama-sutra de bolso. É verdade, deixei a p**a da carteira em cima do recibo do pagamento da inscrição pos exames de 2ª fase, que por sua vez se encontrava em cima da mesa do bar ICA(no ISEL), mesa essa que está situada mesmo em frente à caixa(estranho?talvez não...)...voltei pouco depois ao local do desparecimento, perguntando à sra. de serviço(ao bar, se faz serviço público não sei) se alguém entregara uma carteira, ao que esta respondeu negativamente.

Corri o ISEL de ponta-a-ponta(portaria e associação de estudantes portanto)e nem sinal da carteira desaparecida. Frustradas as buscas, fechei os olhos com força e tentei pintar o lindo quadro de um soalheiro dia de verão passado na calmaria...da Loja do Cidadão a processar novos documentos, quando me deixei de mariquices e fui pró ensaio aprender a tocar cenas fixes(ou daí talvez não).

Coisa de duas horas passadas, voltei à portaria em busca do milagre do aparecimento, e o sr.segurança informou-me de que a carteira tinha aparecido, entregue pelo sr.do bar. Voltei então ao bar, para ver se o recibo também tinha aparecido, e não é que tinha?Mistéééério! A sra. que antes dissera não ter visto nada, disse que a carteira tinha sido entregue à sua colega cerca de hora e meia depois de eu lá ter passado, e que esta a guardou na prateleira por baixo da caixa registadora, para depois vir a ser encontrada pelo sr.do bar. A história tinha tido um final(totalmente) feliz não fossem os 20€ a menos que a carteira ostentava, certamente retirados pela iluminada alma que a achou, a menos que tenha encontrado a carteira(junta com o recibo dobrado)caído em qualquer canto...

Esta história não podia ficar por aqui, pelo que decidi investigar por conta própria, e o que vou contar é algo que não recomendo ser lido pelos mais sensíveis. Este foi o terrivelmente verdadeiro, nú e crú, desenrolar dos acontecimentos. Choquem-se!



Uma bixona caminhava distraída ao entrar no ICA, deliciada com a quantidade de homens(alguns só aparentemente) que se avistava(estando nós a falar do ISEL), sem reparar que tinha os atacadores das sabrinas desapertados... Pela lei da relação causa/efeito ao pisá-los desencadeia-se uma reacção de queda contra a mesa, que proporcionou o cair da carteira(e do recibo) na mala amarelo-canário que o jovem trazia aberta a tiracolo. A coisa passou-se e já o jovem veado ía pra casa coxeando, quando avista na montra de uma modesta sex-shop de esquina, o maior e mais grosso dildo que alguma vez vira. Com um olhar guloso entra no estabelecimento, e abre a carteira que, devido à ansiedade, não percebeu não se tratar da sua, puxa dos 20€ e paga o dildo, que como promoção oferecia um lubrificante analgésico que ele de imediato pediu que fosse trocado por um fio-dental de rendilhados cor-de-rosa, com a ideia de fazer uma surpresa a Xiquinho Negão (seu companheiro) nessa mesma noite. A bixona ía pra casa louca de excitação, quando se lembra que nessa manhã tinha gasto todo o seu dinheiro num florido vestido de verão de azul turquesa e lantejoulas! - onde tinha então arranjado dinheiro pra aquela louvada compra??? - Envergonhada, rapidamente percebeu o que tinha acontecido...no entanto o mal estava feito, e as suas nalgas mereciam aquele mimo, pelo que num ápice foi entregar a carteira e correu pra casa (batendo com os calcanhares no pescoço) a fim de saborear o artefacto que as vicissitudes da vida haviam colocado no caminho do seu anûs neste dia.

Como dizia o outro...elementar meu caro Watson.