segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

O meu Tio Vagueiro

Recentemente descobri que a tonteira, ou melhor, tontêra(como se diz na minha terra) arte de que sou praticante, é algo que me está nos genes.

Certo dia, em conversa com a Velha e com a Velha da Velha(designação científica: progenitora da minha progenitora; designação comum: a minha avó), esta me dizia:"Credo, filho, és tã tonto! A quêm é que tu sairás assim?(tonto, portanto)" - "Deves sair ao teu Tio Vagueiro concerteza!" - Parou com a tonteira! - "Quem???" - repliquei eu - Ao cabo de 20 anos a ouvir histórias de antepassados, nunca houvera referência a tal personagem. E que personagem! Viria eu a descobrir minutos mais tarde. - "O Tio Vagueiro, nunca ouviste falar do Tio Vagueiro??" - disse a Velha - entre conversa fiada, lá soube que o tipo fora irmão da bisavelha(minha bisavó), ou seja tio da minha avó, tio-avô da minha mãe, e por consequência ha-de ser, alguma coisa que eu não sei definir, a mim.

Quero então começar este post(eu sei que já vou no 3º parágrafo, mas o blog é meu e eu escrevo o que me apetecer) fazendo um pequeno destaque ao nome da personagem. Não, não foram os pais que lhe chamaram Vagueiro por não gostarem dele, vagueiro era a alcunha pela qual era conhecido por andar sempre a vaguear, isto é, morava em parte incerta. Um bocadinho em casa de cada familiar. Este individuo peculiar teve uma vida recheada de incontáveis episódios passados na prática da nobre arte da tontêra, dos quais elegi um que passo a contar.

"Estava uma tarde soalheira, e o Tio Vagueiro bebericava seu palheto, numa típica taberna, típica de uma típica aldeia ribatejana(eu sei que repeti típica muitas vezes, mas que mania abixanada de criticar tudo é essa?Já disse que o blog é meu, se quiser escrever típica 10 vezes seguidas escrevo!), entre dois dedos de conversa, quando a certa altura esta descambou para o insulto, e o grande Tio Vagueiro não encaixando o insulto, puxa do argumento(punho atrás) para o contradizer( e enfiar no focinho d')aquele que o insultara. Horas tantas chega a polícia para levar o Tio a uma das suas várias habitações(a prisão neste caso). Tudo corria com normalidade até à chegada à porta da esquadra, quando o Tio Vagueiro deita as duas mãos e pés à ombreira da porta não deixando que o empurrassem para dentro. Meia-hora volvida sem sucesso eis que os polícias decidem içá-lo para que se largasse, quando num ápice este ferra os dentes na madeira, e assim permanecendo por 4 horas a fio. Posto isto, pergunta: "Sor guarda, acha que já posso ir andando?", saindo de seguida em liberdade. Esta história é verídica, e para os mais céticos basta dirigirem-se ao referido edifício(que se situava onde actualmente é o edifício da câmara municipal de Coruche) e verificarem a marca dos dentes do meu antepassado na madeira."


P.S. típica,típica,típica,típica,típica,típica,típica,típica,típica,típica. Só para tirar as dúvidas de que escrevo o que me apetecer.

O porquê deste blog(queria eu saber)

Pois é...encontro-me a redigir o meu 3º post e ainda não disse nada (com jeito) que ao menos justificasse a criação e a continuidade deste jovem blog. Afinal pra que criei eu isto? Se querem que vos diga, também ainda não descobri um motivo válido, mas tenho fé que algures há-de existir um bom motivo, ou um razoável motivo, um mediano motivo vá. Mas também que é que isso interessa? Já toda a gente tem um blog, e eu não sou menos que ningúem, até sou é mais que ninguém (tonto, por exemplo)! E ser mais (tonto) até que nem é um mau motivo, é só um motivo fraco.

Se até já os analfabetos(pra kem n xabe, anfabetox, sao pexoax k excrevem subxtituindo o "s" por "x" e o "c" e "q" por "k" nax frasex) têm blogs, porque não posso eu (um praticante de tonteira há 7 anos) também ter um?

Eu escrevi tonteira? (claro k escrevi, k pergunta parva foi essa?) Então deixem-me falar-vos da tonteira. A tonteira foi um talento que descobri em mim, por volta dos meus 14 anos...quando ao reunir-me com outros tontos da época, reparei que era capaz de estontejar horas a fio, declamando parvoíce improvisada. Fui eu que entrei na tonteira, mas logo logo foi também a tonteira que entrou dentro de mim(aviso já que quem fizer trocadilhos rabetas com esta frase é porque tem ejaculação precoce).

Hoje sou um tonto experiente, e é toda uma cultura de tonteira que vim adquirindo ao longo dos últimos anos, que pretendo passar pra vocês caros leitores(termo que utilizo para fazer referência às pessoas que não têm mais nada que fazer, e que portanto lêm isto).

domingo, 25 de fevereiro de 2007

Agora a sério!(ou talvez não)

Agora vou (tentar) falar a sério. "cavaleirodesandante.blogspot.com" como disse, o "cavaleiroandante.blogspot.com" já tava ocupado, pelo que ficou este. "Porquê esse nome?"perguntam uns. "Porquê esse nome amaricado?" dirão outros enquanto interiormente põem em causa a sua orientação sexual.

"Cavaleiro Andante" é uma metáfora que uso, para me definir perante a vida, e também é útil quando enquadrada na frase "mas que espécie de cavaleiro andante seria eu, se não subisse de imeditato á torre mais alta para te salvar , minha princesa, das garras do terrível dragão que te aprisiona?", o que traduzindo á letra quer dizer: "princesa, não me importo que tenhas namorado que eu cá não sou ciumento". Princesa não tem tradução, porque senão tava tudo estragado.

No entanto, este blog é de um Cavaleiro Desandante. Debrucemo-nos então sobre o termo "Desandante", que vem do verbo "desandar". Um verbo que não existe, mas existindo o que quereria dizer??? "Como é que se desanda?" Pergunto-me sem cessar, até me vir à lembrança que, não poucas vezes, ouvi a Velha (nome carinhoso, pelo qual chamo a minha progenitora) dizer (com o mesmo carinho) "desanda-me daqui pra fora!". Não sei definir "desandar", é um facto, mas sei que sempre fui um "Desandante"! Quanto ao Cavaleiro, ainda hei de me lembrar duma explicação parva qualquer. Fica para um próximo post, que já é tarde e amanhã tenho de me por a calvagar bem cedo.

O primeiro dos primeiros

Neste primeiro post, antes de começar com o principal tema deste blog, que são "As aventuras e desventuras de um cavaleiro sem cavalo"(tava a brincar, o tema principal é "A parvoíce"), vou falar da escolha do nome e do endereço deste blog. O nome, pode ser lido de duas formas: "Quando é bom nunca é pra mim", frase saída incontáveis vezes da minha boca, quando alguma coisa corre mal, o que é pra aí de hora a hora...Ou de uma segunda forma que é: "Quando é bom às vezes é pra mim", ou seja, não tenho assim tanto azar, ou se calhar tenho, mas também há vidas bem piores que a minha.

Sobre o endereço alguns dirão "que raio é que isto tem a ver?", se calhar em vez de raio dirão uma palavra mais feia, mas eu só queria começar a usar palavrões a partir do 10º post, para no caso de alguma criança começar a ler isto, assim já sabe que só pode ler até ao 9º(ou saltar os 9 primeiros). No entanto deixem-me dizer-vos que...têm toda a razão, o endereço não tem geito nenhum, foi uma coisa que me lembrei na altura, era pra ser "cavaleiroandante.blogspot.com", mas já tava ocupado e não me ocorria mais nada, ficou desandante, e quem não gostar olha, que desande daqui pra fora.